CM Mangualde

Mangualde recebe Espetáculo Teatral “Alto”


1 de Julho, pelas 21h30, no Largo Dr. Couto. A Entrada é Gratuita.

 

O Município de Mangualde acolhe o espetáculo “ALTO” no próximo dia 1 de julho, sexta-feira, pelas 21h30, no Largo Dr. Couto, e a entrada é gratuita.  Trata-se de um projeto teatral de participação comunitária que tem a Associação Contracanto como capacitadora. O elenco é composto por uma equipa artística residente e por elementos da comunidade dos quatro Municípios que integram a Rede Cultural Alto-Mondego: Nelas, Mangualde, Fornos de Algodres e Gouveia.

A Direção Artística é da responsabilidade da Associação Contracanto, António Leal e Sandra Leal, e os promotores são os Municípios de Nelas, Fornos de Algodres, Gouveia e Mangualde.

O espetáculo arranca a 24 de junho, em Nelas, passa por Mangualde a 1 de julho e a 11 de agosto passa por Gouveia. Termina a 18 de agosto em Fornos de Algodres.

O projeto é cofinanciado pelo Centro2020, Portugal 2020 e União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

SINÓPSE “ALTO”
O adro da Igreja é o lugar de todos os encontros. Nos domingos de missa, é um corrupio de maledicência e inveja a entrar e de Fé e boa vontade a sair. Parece milagre!  Nos sábados de feira, vinho, azeite, lã e queijo encontram-se em bancas improvisadas pelos homens e mulheres que os acarinham nas mãos, nos pés e no peito. Trocam-se histórias, experiências, cochichos e memórias. Às vezes, picardias também, porque “a ovelha da vizinha não pode ser melhor que a minha”.

Nos dias de contrição, o confessionário (que é transparente para a Dona Divina de tão divina que se diz ser) é o lugar de todos os desabafos. Os segredos são mais que muitos e vão com o senhor padre para o túmulo, assim garante ele. Mas a D. Divina não tem nem a obrigação nem a moral que a obrigue ao sigilo. E, por isso, vive dos cardos que colhe no campo para a coalhada do queijo e dos segredos que colhe do confessionário que conta frequentemente ou cala para sempre a troco de uns trocos. E depois, há o esperado dia do Baile do Cardo na festa da terra. Todos os anos, pelo verão, o Adro da Igreja envaidece-se para receber todos: os da terra e os curiosos que vêm de terra alheia. A música é o pretexto para novas histórias, novos cochichos e novas memórias. Os senhores da terra oferecem o banquete. Os que a trabalham oferecem a alegria. Juntos… fazem o baile.

Este ano, anda Gracinha nas bocas do mundo, perdida que está de amores pelo pastor Ramiro. O seu segredo, contado em confessionário ao Padre Augusto, rendeu bom dinheiro a Divina que, entretanto, tem telhados de vidro também e viu as bocas do povo trocarem de alimento para se encherem das fraquezas que o seu corpo também tem.

E assim vai a vida na aldeia onde, apesar das picardias, algo maior e mais forte fala mais alto do que todos os cochichos para unir cada um num mesmo sentimento: este orgulho de pertencer ao Alto que o Mondego tem.

 





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