Quintela de Azurara
História
Quintela de Azurara é uma freguesia pertencente ao concelho e comarca de Mangualde, no distrito de Viseu; dista cerca de 6 quilómetros da sede de concelho e o seu orago é S. João Batista, celebrado anualmente a 24 de junho.
Os vestígios arqueológicos encontrados na freguesia indicam a sua antiguidade; existe em Quintela de Azurara, um grande espólio pré e proto-histórico, colhido nestas imediações e pelas fortificações castrejas do monte onde ainda no século XIII se erguia o Castelo de Zurara; o monte, situado entre a atual cidade de Mangualde e a freguesia de Quintela de Azurara, é coroado por uma ermida ainda hoje conhecida como Nossa Senhora do Castelo. O referido castelo foi a origem do julgado medieval de Zurara, a que Quintela pertenceu. A atestar a época da romanização na freguesia, encontra-se a ponte romana, em pedra e de um só arco.
Eclesiasticamente, Quintela pertencia a S. Julião, cujo abade, Martim Gonçalves, foi preso por D. Sancho II, por razões desconhecidas; após a prisão, o monarca deu a igreja ou curadoria das almas em Mangualde, incluindo Quintela, a Mem Euniges, cónego de Coimbra, do qual passou posteriormente, para a posse do também cónego de Coimbra, Afonso Mendes e, mais tarde, para Salvador Peres, clérigo de D. Sancho II. Em 1758, segundo o Padre José Leão de Cabral Teixeira, abade de Quintela, os moradores da freguesia pagavam 33 mil réis de foro à “antiga casa dos Cabrais”, fidalgos de Belmonte, cuja quantia se reparte anualmente pela justiça aos moradores do dito termo, com respeito à possibilidade de cada um”, ou seja, de acordo com as posses de cada família. O foro era então, reminiscência do antigo senhorio de Quintela, que foi possessão de Pedro Álvares Cabral, o célebre navegador. Em 1758 a freguesia abrangia já o lugar de Canelas e, apesar de corresponder aos domínios da igreja de S. João de Zurara, nas Inquirições de 1258 não era paroquial, pois a freguesia de Quintela ainda não existia no século XIII, não obstante a existência do templo, atualmente denominado de S. João da Quintela.
Nesta freguesia existe uma mina de estanho, denominada “Porto”, assim como algumas pedreiras, sendo a extração de granito e a agricultura as atividades económicas que servem de base à economia local.
O topónimo da freguesia é de origem germânica e alude a uma velha instituição medieval, a “quintana”, pelo seu diminutivo “quitanella”, que deveria ser originalmente, um apêndice da remota “Manoaldu(s)”, origem da atual cidade de Mangualde. O segundo elemento toponímico faz recordar os tempos em que esta terra fez parte do antigo julgado medieval de Zurara.
População: 543 habitantes.
Heráldica
Brasão
Escudo de vermelho, ponte de um arco de prata, lavrada de negro, firmada nos flancos, entre uma forquilha e uma enxada, ambas de ouro, encabadas de prata e passadas em aspa; em ponta, uma bilheta de prata, deitada. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “QUINTELA de AZURARA”.
Bandeira
Amarela. Cordão e borlas de ouro e vermelho. Haste e lança de ouro
Selo
Nos termos da Lei, com a legenda: “Junta de Freguesia de Quintela de Azurara – Mangualde”.
Caracterização da Freguesia
Atividades Económicas:
Agricultura
Extração de Granito
Festas e Romarias:
São Sebastião (Fim de semana seguinte a 20 de janeiro)
Nossa Senhora da Esperança (3.º fim de semana de agosto)
São João Baptista (3º ou 4º fim de semana de junho)
Festival de Folclore (1º ou 2º fim de semana de julho)
Património:
Igreja Paroquial
Ponte Romana
Solar dos Tavares
Calçada Romana
Casa de Canelas
Casa de Quintela
Fonte dos Linhares
Moinhos do Coval
Gastronomia:
Papas de Milho
Bolos de azeite
Coletividades:
Rancho Folclórico “Os Azuraras” de Quintela
Grupo Recreativo de Quintela
Infraestruturas:
1 Campo de Futebol
1 Polidesportivo
Parque Infantil
Parque de Merendas
Orago:
S. João Batista
Contactos Junta de Freguesia:
Presidente: Rui Manuel Domingos Marques (PS)
Rua Castelo Branco, nº 1
3530-334 Quintela de Azurara
Telefone: (+351) 963409895
Email: geral@quinteladeazurara.pt